Ultimamente estou bem reflexiva acerca dessa questão. É normal estarmos sempre buscando atividades que nos tirem da monotonia, que nos lembrem que estamos vivos. A rotina acaba nos engolindo e vamos deixando tudo para depois. Inclusive, deixamos para depois até mesmo coisas do nosso cotidiano. Por exemplo, aquele quadro que você viu e tanto gostou mas não comprou porque ficou pensando “pra quê vou ter o trabalho de comprar, instalar, se logo pretendo mudar de casa?" ou aquela roupa diferentona que reflete toda a sua personalidade, mas você deixou de comprar porque pensou "onde que eu vou usar isso?". E assim, com essas pequenas atitudes, vamos vivendo uma vida provisória.
Quase nunca estamos realmente vivendo o hoje, o agora.
Pensei nisso nos últimos dias, quando eu quis comprar um item de decoração para a minha casa e desisti porque pensei que ficaria melhor em uma futura casa, e não nessa. Mas eu nem tenho planos de me mudar por agora… pois é!
Enfim, a vida é só uma e é chato ficarmos postergando as nossas vontades. Um lugar que queremos conhecer mas não temos companhia, uma comida que queremos provar mas é mais fácil deixar para depois. Como diria uma banda que eu gosto muito: “Vamos viver, ainda que falte tempo, e renascer”.
Sei que pode parecer fácil falar "pare tudo o que está fazendo agora e vá viver". Esse não é o meu ponto aqui. Todos temos responsabilidades. Além disso, a questão financeira se torna um impasse para muitos de nós.
O meu objetivo é apenas trazer uma reflexão sobre o sentido das nossas vidas, do presente, do agora. Eu tenho uma mania muito feia de ficar pensando "quando eu fizer tal coisa, serei feliz" ou "quando eu atingir esse objetivo, serei feliz", mas esqueço de apreciar o momento em si, ou a jornada.
Vamos parar de viver nesse eterno looping da busca.